Não sou, nunca fui e não tenho planos de ser uma pessoa só, estática, que não muda, estável. Sou e prefiro ser uma pessoa com várias pessoas dentro do mesmo corpo.
Hoje comentei sobre o 'processo de let go' e na Danilândia sempre escrevo que sou a Dani 'who can't let go', mas ultimamente até que isso tem sido fácil para mim, bem fácil, estranhamente fácil.
Outro dia estava falando sobre 'poder' e 'conseguir' fazer as coisas, e eu não acredito nisso, ninguém me dá permissão para fazer as coisas (óbvio que estou falando de relacionamentos), ou eu quero o suficiente e faço, ou não, tudo é escolha e ao mesmo tempo que toda escolha implica em uma renúncia, ela também traz aquilo que você quer, que você opta por viver. Você decide onde vai focar, na renúncia ou no ganho.
Não acredito em colocar a responsabilidade por viver ou não meus impulsos e realizar ou não meus desejos nas mãos dos outros, afinal, a vida é minha e ninguém vai vivê-la por mim. Acredito em saber que fiz tudo o que podia, tudo que eu quis dentro do espaço que é meu, se a outra pessoa vai se esticar no espaço dela e me encontrar, maravilha, perfeito, senão não, e pronto. Ponto.
"Jump."
E agora a nota interna: Não fiz porque no fundo talvez eu acredite que logo você vai perceber que é a sua vida que está passando, e aí talvez. No meio tempo tudo que me resta é torcer para que quando isso acontecer não seja tarde demais. Apesar de sentir que já é sim tarde demais. Maybe next time. Em outra encarnação, quando outra pessoa habitar meu corpo.
PS. Meu horóscopo fala sobre me reencontrar, e eu lembro que estou desde semana passada ensaiando um post sobre minha crise adolescente que no fim me fez lembrar que eu sou impulsiva e atirada e desmedida e insegura e medrosa e travada. A questão não é só a altura dos picos e a profundeza dos baixos, mas também a freqüência com que os picos e os baixos se alternam. Mas isso é outro post, que ainda está sendo ensaiado.