terça-feira, dezembro 24, 2002

O meu pai é ótimo p/ arranjar programa de índio na véspera do Natal... Teve ano q ele ficou preso no cemitério, teve ano q ele ficou vendendo cachorro na beira da Raposo Tavares e teve ano, como esse, q ele ficou arrumando caixa q deu problema em cliente, o detalhe é q por alguma razão q eu desconheço eu acabo topando ir com ele... mas é divertido, acho q é a única oportunidade nesse ano, assim como no ano q ficamos na estrada tentando convencer uma mulher q o Akita é uma raça de cachorro pequeno, q temos umas horas para realmente ficarmos juntos e conversar sobre coisas além da fábrica e sem pressão nenhuma, o q sem dúvida é uma diliça. E é engraçado como ás vezes I catch a glimpse de como somos parecidos, depois de tantos anos de rebeldia e brigas e conflitos acho q estamos chegando a um lugar onde, mesmo ele me tratando como "fofinha" e me apresentando ao cliente como a "filhota" dele, podemos bater um papo num patamar mais igualitário, onde ele percebe q apesar de dominar a imagem de uma criancinha a ser protegida, eu já sou um pouco mais crescida e tenho opiniões a serem respeitadas, e onde eu interiorizo a idéia de q ele é um ser humano inseguro como qualquer outro e q apesar de tudo, está sempre fazendo o q acredita ser o melhor.

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