Fim de mais um ano... Pensando no que escrever... Eu queria ser aquele tipo de gente que consegue montar milhares de playlists, apropriadas para todo e qualquer tipo de momento, mas talvez por preguiça ou comodidade, sou aquele tipo de gente que vive no shuffle, à mercê do que o player decidir tocar, e às vezes ele entra em loop e fica tocando a mesma meia dúzia de músicas cada vez que aperto o play. E eu nem pulo de música, ele toca, eu ouço.
Esse ano mudei de emprego e de casa só 1 vez, em compensação passei 6 meses morando em hotéis durante a semana e no apê novo nos fins de semana – tudo isso para justificar porque dois terços das minhas coisas continuam na casa da minha mãe.
Tinha pensado em ir para o Canadá agora no fim do ano, depois resolvi ir para Jeri com uma amiga, mas no fim percebi que quero curtir minha casa nova – nem é tão nova, mas ok.
Antes de tudo isso reservei passagens para a Tunísia, o que não rolou também.
O grande plano de 2012 é não mudar de casa, ir ao Canadá e talvez finalmente Cambodia, quem sabe com alguma parada na Tunísia. Enquanto isso 2011 termina com muitas coisas não planejadas, diferentes e divertidas. Enfim, Ótimo 2012!
"There's only one instant, and it's right now. And it's eternity."
sábado, dezembro 31, 2011
terça-feira, outubro 25, 2011
Ultimamente eu penso em Paraty, sinto o cheiro da maresia, o ar quente do litoral e penso nos quadros abstratos que vi em Paraty, no atelier daquele pintor que esqueci o nome, mas que em 2000 e pouco reencontrou uns quadros que ele havia pintado em 70 e pouco e ficaram esquecidos no porão de alguém em Paris. Ele comentou que olhava aqueles quadros e sentia por um lado um estranhamento, como se houvessem sido pintados por outro artista e por outro um conforto, por sentir que aquelas obras tinham saído da alma dele mesmo. Papo louco. I know. Mas foi uma ótima tarde.
Eu penso nisso porque sou uma pessoa verbal, literal, que se expressa melhor verbalizando sentimentos do que sentindo emoções, mas aí de repente a palavra me sumiu e ando me divertindo buscando cenas, fotos diárias, coisas que podem traduzir um monte de outras coisas diferentes, dependendo do que o filtro que quem estiver olhando mostrar. Eu fotografo uma coisa, as pessoas vêem outras quaisquer, talvez a mesma que eu, talvez não, talvez nada, só mais uma foto torta com um efeito computadorizado aleatório.
E aí chego no lugar das pinturas abstratas, que eu não gostava, mas que começaram a me atrair faz alguns anos, talvez a gente precise de bagagem para enxergar alguma coisa em um quadro abstrato, bagagem constrói os filtros necessários para ver além do borrão emoldurado.
Ou talvez o calor e estar cercada pelos cariocas esteja me enlouquecendo de vez.
Eu penso nisso porque sou uma pessoa verbal, literal, que se expressa melhor verbalizando sentimentos do que sentindo emoções, mas aí de repente a palavra me sumiu e ando me divertindo buscando cenas, fotos diárias, coisas que podem traduzir um monte de outras coisas diferentes, dependendo do que o filtro que quem estiver olhando mostrar. Eu fotografo uma coisa, as pessoas vêem outras quaisquer, talvez a mesma que eu, talvez não, talvez nada, só mais uma foto torta com um efeito computadorizado aleatório.
E aí chego no lugar das pinturas abstratas, que eu não gostava, mas que começaram a me atrair faz alguns anos, talvez a gente precise de bagagem para enxergar alguma coisa em um quadro abstrato, bagagem constrói os filtros necessários para ver além do borrão emoldurado.
Ou talvez o calor e estar cercada pelos cariocas esteja me enlouquecendo de vez.
quinta-feira, setembro 22, 2011
De repente, no meio de uma tarde chuvosa, atípica na Barra, me bate uma saudade avassaladora, esmagadora, de quem eu era, da vida que eu vivia. Sinto uma falta inacreditável da minha vida.
Talvez seja estar no RJ que me deixe assim sozinha e com saudades. Talvez seja estar longe dos meus amigos, saber que se eu estivesse em SP eu podia ligar e dizer "estou carente, vamos jantar?" para uma dezena de pessoas e aqui não ter essa opção.
Talvez seja a idade, talvez seja o fim do R.E.M., talvez seja sono. Ainda bem que meu inconsciente é legal e toca Whitney em loop desde que acordei.
sexta-feira, julho 29, 2011
Na cabeça: "This ain't no picnic" - Minutemen
Geralmente eu adoro meus aniversários, não lembro de alguma vez que estivesse em SP e não tenha dado uma festa para comemorar - ok, lembro de uma vez que não quis fazer uma comemoração e acabei ganhando uma festa surpresa (cheia de desconhecidos, mas foi ótimo, thanx Gu).
Enfim, eu sempre marco pelo menos uma festa, geralmente mais de uma. Esse ano eu até estava bem empolgada para fazer uma balada, na festa do Madame, me acabar de dançar e tal, mas não rolou, tudo conspirou contra, não consegui fechar nem o lugar, nem a data e bodeei.
Não sei o que escrever, é esquisito pensar que agora tenho oficialmente 34 anos de idade, me sinto tão com 25 ainda. Amanhã eu tenho uma reunião para decidir meu "Career Plan". Medo. Serei uma pessoa com um "Career Plan".
Mês passado recebi uma oferta de trabalho em Singapura. Foi um 'no, but thank you' bem difícil de sair. Levei dias para conseguir escrever que não aceitava. Em Singapura eu certamente não teria um "Career Plan".
Invés de Singapura então estou aqui no Jabaquara, rodeada de caixas da mudança ainda. Sem pressa para desencaixotar coisas.
Eu tinha pressa para ter 30 anos. Quando cheguei aos 32 eu pedi para parar, quis ir mais devagar. Mas o mundo girou ainda mais rápido nesses 2 anos passados. Foram ótimos 2 anos. Foram 2 anos péssimos. Depende do ponto de vista. Mas não faço questão de comemorar esse aniversário em particular.
Talvez eu mude de idéia daqui a alguns meses. Não decidiram mudar os signos do zodíaco? Então. Me sinto liberada para mudar a data do meu aniversário! Só esse ano. Não estou pronta para ter 34 anos. Ainda. Give me some time.
O que eu consigo escrever agora é que todo esse meu problema com ter um 'Career Plan', com me sentir uma pessoa totalmente errada com meus 34 anos, me empurrou para tentar algo diferente. Invés de escrever, que sempre foi 'my thing', resolvi fotografar, projeto #365Days ON, lá no Tumblr que é mais fácil.
E Happy Birthday Mrs. President.
Geralmente eu adoro meus aniversários, não lembro de alguma vez que estivesse em SP e não tenha dado uma festa para comemorar - ok, lembro de uma vez que não quis fazer uma comemoração e acabei ganhando uma festa surpresa (cheia de desconhecidos, mas foi ótimo, thanx Gu).
Enfim, eu sempre marco pelo menos uma festa, geralmente mais de uma. Esse ano eu até estava bem empolgada para fazer uma balada, na festa do Madame, me acabar de dançar e tal, mas não rolou, tudo conspirou contra, não consegui fechar nem o lugar, nem a data e bodeei.
Não sei o que escrever, é esquisito pensar que agora tenho oficialmente 34 anos de idade, me sinto tão com 25 ainda. Amanhã eu tenho uma reunião para decidir meu "Career Plan". Medo. Serei uma pessoa com um "Career Plan".
Mês passado recebi uma oferta de trabalho em Singapura. Foi um 'no, but thank you' bem difícil de sair. Levei dias para conseguir escrever que não aceitava. Em Singapura eu certamente não teria um "Career Plan".
Invés de Singapura então estou aqui no Jabaquara, rodeada de caixas da mudança ainda. Sem pressa para desencaixotar coisas.
Eu tinha pressa para ter 30 anos. Quando cheguei aos 32 eu pedi para parar, quis ir mais devagar. Mas o mundo girou ainda mais rápido nesses 2 anos passados. Foram ótimos 2 anos. Foram 2 anos péssimos. Depende do ponto de vista. Mas não faço questão de comemorar esse aniversário em particular.
Talvez eu mude de idéia daqui a alguns meses. Não decidiram mudar os signos do zodíaco? Então. Me sinto liberada para mudar a data do meu aniversário! Só esse ano. Não estou pronta para ter 34 anos. Ainda. Give me some time.
O que eu consigo escrever agora é que todo esse meu problema com ter um 'Career Plan', com me sentir uma pessoa totalmente errada com meus 34 anos, me empurrou para tentar algo diferente. Invés de escrever, que sempre foi 'my thing', resolvi fotografar, projeto #365Days ON, lá no Tumblr que é mais fácil.
E Happy Birthday Mrs. President.
segunda-feira, julho 25, 2011
No iTunes: "Thirteen" - Big Star
Rock 'n Roll is here to stay
Come inside where it's okay
And I'll shake you
Um dos meus livros favoritos de 2009 foi Love is a Mix tape. Um dos meus livros favoritos desse ano foi Cassette from my Ex.
Hoje eu assisti uma peça que é uma adaptação dos dois livros, não sabia; Sabia que uma das cenas da peça era igual a do primeiro livro, descobri que foi uma adaptação, bastante fiel, do primeiro, com cenas do segundo no meio. E que delícia...
No Natal eu estava assistindo o Somewhere e o Itiro comentou que ela (a Coppola) fala com um público bem específico (eu, e não ele). Total concordei. A peça de hoje também é assim, os livros idem, eles falam com pessoas que acreditam em trilhas sonoras.
Pessoas que têm dificuldades e falam através de músicas, e buscam coisas que não tem nome, nem endereço, nem localização no Google Maps, coisas indecifráveis, mas que aquela distorção, daquela guitarra, naquela música, daquele disco obscuro, traduz perfeitamente. Aquelas músicas que fazem uma ponte entre só eu e mais uma outra pessoa, aqueles momentos que precisam de uma trilha sonora. Outro dia eu escrevi sobre isso aqui. É isso. Ver pessoas que sentem como eu, que querem ser parte de uma coisa Thurston Moore + Kim Gordon. Que também sorriem quando ouvem o Leonard Cohen abrindo um show ou discutem sobre Comic Strip ou Je t'aime... moi non plus.
Rock 'n Roll is here to stay
Come inside where it's okay
And I'll shake you
Um dos meus livros favoritos de 2009 foi Love is a Mix tape. Um dos meus livros favoritos desse ano foi Cassette from my Ex.
Hoje eu assisti uma peça que é uma adaptação dos dois livros, não sabia; Sabia que uma das cenas da peça era igual a do primeiro livro, descobri que foi uma adaptação, bastante fiel, do primeiro, com cenas do segundo no meio. E que delícia...
No Natal eu estava assistindo o Somewhere e o Itiro comentou que ela (a Coppola) fala com um público bem específico (eu, e não ele). Total concordei. A peça de hoje também é assim, os livros idem, eles falam com pessoas que acreditam em trilhas sonoras.
Pessoas que têm dificuldades e falam através de músicas, e buscam coisas que não tem nome, nem endereço, nem localização no Google Maps, coisas indecifráveis, mas que aquela distorção, daquela guitarra, naquela música, daquele disco obscuro, traduz perfeitamente. Aquelas músicas que fazem uma ponte entre só eu e mais uma outra pessoa, aqueles momentos que precisam de uma trilha sonora. Outro dia eu escrevi sobre isso aqui. É isso. Ver pessoas que sentem como eu, que querem ser parte de uma coisa Thurston Moore + Kim Gordon. Que também sorriem quando ouvem o Leonard Cohen abrindo um show ou discutem sobre Comic Strip ou Je t'aime... moi non plus.
domingo, julho 03, 2011
Hotel rooms are weird. Don't get me wrong, I love staying in hotels, but they're weird and have a weird effect on me. I'm thinking it's because they're like blobs, nobody really owns a hotel room, they're made for everyone and no-one at the same time, they're supposed to be impersonal but I always feel so ... and don't want to leave. I like being in a blob.
I usually sleep a lot more than usual in hotel beds and they don't even have to that comfortable, I just sleep a lot more than usual. It takes me like 5 minutes to make it look like my own place, I just put my stuff where it feels right, move a couple of things and voilá, it's like my very own private blob.
I didn't really have to come to a hotel, I just had some 'reward nights' from all the traveling I did last year and thought it would be nice to use it before they expired, plus, I like the solitude, the 'nobody cares who you are' feel of it all. And the breakfast buffet (even though I usually don't make it in time - see 'sleep more than usual' above).
Anyway, yeah I'm at a hotel for a couple of days, until I can move into my new place - it's complicated, don't ask, I don't want to have to explain - it's weird, makes me act weird, but I like it.
I usually sleep a lot more than usual in hotel beds and they don't even have to that comfortable, I just sleep a lot more than usual. It takes me like 5 minutes to make it look like my own place, I just put my stuff where it feels right, move a couple of things and voilá, it's like my very own private blob.
I didn't really have to come to a hotel, I just had some 'reward nights' from all the traveling I did last year and thought it would be nice to use it before they expired, plus, I like the solitude, the 'nobody cares who you are' feel of it all. And the breakfast buffet (even though I usually don't make it in time - see 'sleep more than usual' above).
Anyway, yeah I'm at a hotel for a couple of days, until I can move into my new place - it's complicated, don't ask, I don't want to have to explain - it's weird, makes me act weird, but I like it.
sábado, junho 18, 2011
Na cabeça: "Truckin' " - Grateful Dead
...You're sick of hangin' around and you'd like to travel,
Get tired of travelin' and you want to settle down.
I guess they can't revoke your soul for tryin',
Get out of the door and light out and look all around.
Sometimes the light's all shinin' on me;
Other times I can barely see.
Lately it occurrs to me, what a long, strange trip it's been....
E o mundo gira rápido. Com sempre, como eu gosto. Como eu pedi para parar, como eu pedi para descer, mas não rolou.
Longa semana, longos meses, longo semestre. Anteontem eu vi o mar. Ontem quase fui parar em Santos por engano, quis inovar, peguei o rodoanel, quando vi a placa "Imigrantes - 37 KM" eu quase surtei. Mas respirei, vi a placa "Atenção - Animais Selvagens", dei risada, aumentei o som e dirigi. O céu estava lindo. A estrada boa. E voltei para SP, não fui para Santos, coisas demais acumuladas e atrasadas a serem feitas.
Na estrada pensei em várias coisas a serem escritas, vários pensamentos desconexos, que na hora consegui meio que costurar e montar uma colcha de retalhos, que olhando bem de longe formava meio que uma daquelas Monalisas de fotinhos, mas entre ontem e hoje perdi a pontinha da linha e a costura descosturou.
Talvez seja falta de prática, esse blog andou abandonado, dei atenção a outras coisas, outros escritos, outros lugares, estava me sentindo muito mala velha, que se abre fácil demais. Continuo sendo mala velha, mas não aqui.
Enfim, o céu estava lindo, a Represa Billings até que é bem legal, esse post está sendo escrito no meu MacBook e "Atenção - Animais Selvagens"
Get tired of travelin' and you want to settle down.
I guess they can't revoke your soul for tryin',
Get out of the door and light out and look all around.
Sometimes the light's all shinin' on me;
Other times I can barely see.
Lately it occurrs to me, what a long, strange trip it's been....
E o mundo gira rápido. Com sempre, como eu gosto. Como eu pedi para parar, como eu pedi para descer, mas não rolou.
Longa semana, longos meses, longo semestre. Anteontem eu vi o mar. Ontem quase fui parar em Santos por engano, quis inovar, peguei o rodoanel, quando vi a placa "Imigrantes - 37 KM" eu quase surtei. Mas respirei, vi a placa "Atenção - Animais Selvagens", dei risada, aumentei o som e dirigi. O céu estava lindo. A estrada boa. E voltei para SP, não fui para Santos, coisas demais acumuladas e atrasadas a serem feitas.
Na estrada pensei em várias coisas a serem escritas, vários pensamentos desconexos, que na hora consegui meio que costurar e montar uma colcha de retalhos, que olhando bem de longe formava meio que uma daquelas Monalisas de fotinhos, mas entre ontem e hoje perdi a pontinha da linha e a costura descosturou.
Talvez seja falta de prática, esse blog andou abandonado, dei atenção a outras coisas, outros escritos, outros lugares, estava me sentindo muito mala velha, que se abre fácil demais. Continuo sendo mala velha, mas não aqui.
Enfim, o céu estava lindo, a Represa Billings até que é bem legal, esse post está sendo escrito no meu MacBook e "Atenção - Animais Selvagens"
sábado, fevereiro 19, 2011
Sexta-feira, você levanta, toma banho, bebe café, vai trabalhar, trabalha, almoça, trabalha mais um pouco, dá risada, vê mais do que colegas de trabalho, vê amigos com quem você trabalha, que trabalham no mesmo lugar que você, passa no supermercado, compra requeijão, vai pra casa.
We go back to your house...
Aí você sai, a expectativa começa a crescer no seu corpo, não existe possibilidade do show ser ruim, você até sabe disso, mas um concerto ao vivo sempre carrega algumas surpresas, o lugar pode ser pequeno, com acústica ruim, pode estar lotado demais, pode ser que o equipamento dê problemas, surpresas.
Because we know we're gonna be up late
But if you're worried about the weather
Then you picked the wrong place to stay
O lugar não é ruim, a acústica parece ok, o palco é um pouco apertado, por acaso você encosta na grade e começa a espera, longos 35 minutos até o show começar. And so it starts...
Catarse(s.f. "purificação", "evacuação" ou "purgação".
Segundo Aristóteles, a catarse refere-se à purificação das almas por meio de uma descarga emocional provocada por um drama.)
Sim, de vez em quando acontece de um dia normal, cotidiano, explodir numa noite de catarse. Dance Yrself Clean eles tocam e é isso que você faz. Por duas horas você se entrega e tudo deixa de existir, ao mesmo tempo que tudo volta, lembranças, memórias, sentimentos e sensações, sem linha lógica, racionalismos, sem esforço. Por 3 segundos você lembra de algo, aí o tlin de um xilofone te resgata e você volta.
On the road, there's always this
Sim, there's always this. Música. Amplificadores que levantam os pêlos do braços, que chegam a deslocar o ar de tanta força. Que invadem seu corpo. Te purificam. E todo o mundo grita junto, em desespero:
Dance with me until I feel all right...
I can change, I can change, I can change
If it helps you fall in love
Duas horas. Suor. Música. Dança. Purificação. Lágrimas.
I can still come home to this
terça-feira, janeiro 11, 2011
Na cabeça: “Solid Gold” – Chuck Prophet - “I wanna raise a toast… to my friends, near and far…”
Umas duas vezes por dia desde sempre eu penso em morar fora do Brasil um tempinho, nada demais, uns 3, talvez 5 anos, fico imaginando como seria estar fisicamente longe do meu mundo, ter que criar um novo, como eu explicaria a situação para minha avó, o que eu levaria comigo, onde eu gostaria de morar. Algumas vezes eu vou atrás disso, outras invento desculpas e motivos para não ir.
Hoje tenho despedida de uma pessoa muito querida que está indo morar no Canadá, por causa disso hoje pensei mais ainda em como seria estar de mudança para outro país, fiquei lembrando do meu amigo que mudou da Tunísia para Paris, dos problemas com as coisas dele que ficaram paradas na alfândega.
Depois da temporada sem casa tenho absoluta certeza que posso ir embora levando só umas poucas roupas, uma hd com música, uma meia dúzia de amigos e minha avó.
A questão é sempre essa, os objetos a gente pode deixar todos, as pessoas, o que elas representam na nossa vida, o que elas dizem sobre quem nós somos é que é difícil deixar a um oceano de distância.
As pessoas mais próximas de mim e a forma como eu me relaciono com elas definem quem eu sou. E aí se eu vou pra outro país e deixo isso longe, quem eu passo a ser? Better, worst or just another version of me? Penso que no começo worst, aí another, depois de um tempo better, definitivamente better.
Então para o meu amigo que está de mudança o recado é: Babe, I know we’ll meet again, hopefully soon and I’m glad ´cause even though you’re already a fantastic person, I’ll get to meet an even better version of you. Be good, enjoy the ride and keep at it, building your great and remarkable life.
PS. Relendo o post lembrei de algo muito importante, lembrei como tenho pessoas tão próximas do meu coração que moram tão longe de onde eu moro hoje, então nota mental: proximidade física no mundo de hoje pesa menos.
Umas duas vezes por dia desde sempre eu penso em morar fora do Brasil um tempinho, nada demais, uns 3, talvez 5 anos, fico imaginando como seria estar fisicamente longe do meu mundo, ter que criar um novo, como eu explicaria a situação para minha avó, o que eu levaria comigo, onde eu gostaria de morar. Algumas vezes eu vou atrás disso, outras invento desculpas e motivos para não ir.
Hoje tenho despedida de uma pessoa muito querida que está indo morar no Canadá, por causa disso hoje pensei mais ainda em como seria estar de mudança para outro país, fiquei lembrando do meu amigo que mudou da Tunísia para Paris, dos problemas com as coisas dele que ficaram paradas na alfândega.
Depois da temporada sem casa tenho absoluta certeza que posso ir embora levando só umas poucas roupas, uma hd com música, uma meia dúzia de amigos e minha avó.
A questão é sempre essa, os objetos a gente pode deixar todos, as pessoas, o que elas representam na nossa vida, o que elas dizem sobre quem nós somos é que é difícil deixar a um oceano de distância.
As pessoas mais próximas de mim e a forma como eu me relaciono com elas definem quem eu sou. E aí se eu vou pra outro país e deixo isso longe, quem eu passo a ser? Better, worst or just another version of me? Penso que no começo worst, aí another, depois de um tempo better, definitivamente better.
Então para o meu amigo que está de mudança o recado é: Babe, I know we’ll meet again, hopefully soon and I’m glad ´cause even though you’re already a fantastic person, I’ll get to meet an even better version of you. Be good, enjoy the ride and keep at it, building your great and remarkable life.
PS. Relendo o post lembrei de algo muito importante, lembrei como tenho pessoas tão próximas do meu coração que moram tão longe de onde eu moro hoje, então nota mental: proximidade física no mundo de hoje pesa menos.
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