No iTunes: "Love song for no one" - John Mayer
Eu quebrei minhas próprias regras e gostei de alguém mais indisponível que o normal, um cara comprometido com outra menina e foi ótimo porque me fez lembrar que é legal gostar de alguém, eu andava tão envolvida com minhas próprias questões por causa de Saturno que não tinha muito espaço para me envolver com outra pessoa, mas aí Saturno foi embora e um cara apareceu e não do dia para noite, ao decorrer de um bom tempo, uma forma de relacionamento foi sendo desenvolvida e, sem que eu percebesse, de repente me peguei gostando de alguém além do meu umbigo. Se eu tivesse percebido com certeza teria parado tudo, porque sexo com gente comprometida é beleza, mas gostar de alguém que não vai gostar de volta geralmente é receita para desastre.
Geralmente, porque acabou e não teve desastre! Talvez porque o meu gostar estava tão mais atrelado à amizade, à semelhanças, coisas que não faz diferença se a pessoa está com outra ou não. E essa parte mais legal, mais importante, de manter/salvar a amizade a gente conseguiu fazer, então não foi desastre. Talvez porque essa forma de relacionamento na verdade era bem mais “virtual” que real. Talvez porque tenha sido um dry-run, para me fazer lembrar o que é legal de gostar de alguém e que eu sinto falta disso; no fundo eu sabia que a poça era rasa, por isso só molhei os pés, não me joguei de cabeça. Talvez. Daqui a um tempo, com o distanciamento necessário eu acredito que vou saber. Por enquanto fica só o “pô, eu quero gostar de alguém de novo, Saturno foi embora e eu estou pronta para me jogar”. Como eu disse sábado, tenho fé, a lingerie, o mantra, e agora vou adicionar, o coração com capacidade infinita de gostar de volta.
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