E aí, dançar de dois ou dançar de um? Eu amo dançar de um, de olhos fechados, e pode ser na sala de casa ou na pista do Pacha (de Ibiza, claro). Ainda assim, dançar de dois é tudo de bom, por isso que eu fiz mais de 1 ano de aula de dança de salão, e pensava que depois de tanto tempo sem praticar tinha esquecido tudo, mas a beleza de dançar de dois (e ser a menina) é que não precisa pensar, é só fazer como o 'personal dancer' da festa de ontem disse: "relaxa, deixa que eu te levo..." E eu relaxei e me deixei levar mesmo, facinho.

Eu costumo dizer que dançar de dois é como fazer sexo em público, mas hoje eu acho que é mais como um namoro mesmo, requer uma dose de confiança, outra de diversão, de se deixar levar, mas também de levar um pouco, precisa relaxar, mas não demais, não pode travar se você trombar em outro casal dançando e muito menos se você pisar no pé do parceiro, precisa continuar dançando conforme a música. Existem passos pré-definidos, ensináveis, mas parte da diversão é esquecer o ensinado e ir de instinto, rir das trapalhadas e esquecer que tem gente no mundo assistindo, dançar como se só você e o cara existissem por aqueles 3 minutos.

Numa noite de sexta, depois de um corrido sorvete TPM com a DaniDani, no meio de um monte de questionamentos (dela, não meus) ouvir um "relaxa, eu te levo" é o que precisa para ir dormir mega-dolorida, mas feliz. Bêbada de feliz, porque eu saí da festa ainda dançando e cantando, tanto que o manobrista se sentiu na obrigação de perguntar se eu não preferia pedir um táxi.